É comum ouvir falar que pagar aluguel é igual a jogar dinheiro fora. A frase pode até ter sentido se pensarmos em pessoas que procuram imóveis que possuem o valor de aluguel superior à sua disponibilidade financeira. Mas a realidade, quando bem planejada, não funciona exatamente assim.
Também é normal ouvir, durante uma conversa ou relato, que o sonho de muitos é ter a casa própria. Para isso, juntam dinheiro por anos e, finalmente, financiam um imóvel – às vezes, por um valor muito maior do que de costume pelo mercado imobiliário.
Para mostrar um outro lado da realidade é que o NÃO OBVIO trouxe os lados positivos de morar de aluguel. É possível viver, sim, em segurança e com grandes vantagens financeiras.
Confira:
1. O risco de perder o apartamento próprio também existe e o alugado também pode ser seguro. Inclusive, será que o apartamento próprio é realmente seu?
Caso tivesse comprado um apartamento e por alguma eventualidade não pudesse pagar o condomínio e/ou IPTU, nos dois casos, poderia perder o seu apartamento e até mesmo todo o investimento que tinha feito.
Existem, ainda, diversos outros pontos que também podem fazer uma pessoa perder o imóvel próprio, como pensões não pagas.
Primeiro que: financiar é pedir dinheiro emprestado para o banco, precisando pagar em prestações e com juros essa dívida. Normalmente, o comprador paga um valor de entrada pelo imóvel para o vendedor, e ‘pede esse dinheiro’ para pagar o resto. Esse valor emprestado com juros terá as parcelas estendidas por até 35 anos.
Entre os diversos tipos de contratos e que podem ser firmados em um financiamento imobiliário, o mais comum é o chamado de compra e venda a prazo com pacto adjeto de alienação fiduciária. Não se assuste com o nome, basicamente significa que, mesmo sendo ligado ao comprador, o direito sob o imóvel é do banco até que a dívida seja quitada. Ou seja, o imóvel é a garantia, não cumprindo o combinado ele fica para o banco.
Em contrapartida, em um apartamento alugado, o inquilino estará seguro pela lei de que o seu contrato, independente do tempo, evitando incertezas como um despejo surpresa (a não ser que, assim como no imóvel próprio, deixe de fazer os pagamentos necessários). Além disso, o locatário terá que cumprir com os deveres ao assinar o contrato de aluguel, entregando o imóvel nas melhores condições para uso e confirmando os documentos relacionados ao apartamento ou a casa.
E, ainda existe a usucapião, que é forma de aquisição de propriedade imóvel através da posse prolongada e ininterrupta durante prazo estabelecido em lei, que pode variar entre 5 a 20 anos. Dentre as diversas espécies previstas em lei, o artigo 1.240 do Código Civil traz a usucapião especial urbana como forma de aquisição de propriedade imóvel de até 250m² por aquele que a possui, para moradia própria ou familiar, pelo prazo ininterrupto de 5 anos.
2. Menos custos com a manutenção
Em um contrato de aluguel, a sua responsabilidade seria garantir a limpeza, conservação e manutenção do imóvel assim como o recebeu – exceto em casos nos quais o problema surgiu devido ao atual inquilino, como em questões de desgastes de uso – conforme o laudo de vistoria.
Porém, se existir danos que necessitem de reparos estruturais, os custos com as obras ficam por conta do proprietário da casa ou apartamento. Alguns dos problemas que se encaixam nesse quesito são a rede esgoto, rede hidráulica ou elétrica.
3. É mais fácil de juntar dinheiro e fazer investimentos estando em um apartamento alugado
É mais fácil de juntar o seu dinheiro caso esteja em um apartamento alugado, já que não estará pagando o alto valor de um financiamento, além de outros grandes custos que chegam com a compra de um imóvel.
Enquanto se paga o aluguel, é possível guardar uma parte do seu lucro mensal, buscando formas de investimentos (no banco, por exemplo). O mais correto, inclusive, é que o valor do imóvel alugado não seja superior a 30% da renda familiar – incluindo taxa de condomínio, IPTU e contas mensais.
Por isso, é importante investir na sua educação financeira. Tire uma tarde com as pessoas que moram com você e anote todos os gastos vs. a disponibilidade financeira.
Investir em imóveis, inclusive, pode gerar muita dor de cabeça, não rendendo tanto quanto o imaginado (a negligência de outros moradores pode fazer o valor do condomínio subir, por exemplo) e sendo complicado de vender pelo preço atualizado, principalmente em épocas de crise.
4. Proporciona moradia na melhor localização
Aluguel de imóveis em locais nobres possuem um valor bem menor do que o valor de compra – mesmo quando se trata de um financiamento. Porém, se ainda insiste em comprar uma casa pode inicialmente alugar um imóvel para testar as facilidades e ajudar na adaptabilidade do local.
5. Maior flexibilidade
Outra vantagem em alugar um imóvel é o fato de ser menos burocrático rescindir o contrato de aluguel do que vender uma casa num estalar de dedos. Logo, isto facilita ainda mais as mudanças, sendo elas emergenciais ou não.
Para rescindir, inclusive, basta se programar. Uma cláusula comum em contratos de aluguel é a multa em caso de rescisão. Em geral, ela é fixada no valor de três meses de aluguel (então, basta fazer um planejamento e juntar o valor) e se estabelece que ela será devida se o contrato for rescindido antecipadamente por qualquer uma das partes.
Logo, aí está também mais um ponto positivo: no contrato deve estar sempre nítido que o locador tem direito a diversas preferências e que o locatário precisa avisar com meses de antecedência caso decida fazer qualquer coisa com o imóvel. O locatário também deve pagar multa nesses casos.
Esse ponto é ideal para pessoas que não gostam de ficar presas a planos convencionais e/ou não se enxergam morando na mesma cidade por vários anos. Um exemplo são aqueles que estão no início de carreira, dispostas a aceitar diversas oportunidades.
6. Custa menos a curto prazo
Alugar um imóvel não exige uma grande reserva financeira – apesar de ser aconselhável sempre ter a sua. Para ter o local, basta apenas a garantia de que você irá conseguir pagar mensalmente o valor exigido pelo(a) proprietário(a).
Assim, é possível se mudar sempre com mais rapidez, além de poder gerar uma poupança com menos pressão e mais facilidade.
Nesse caso, uma dica: opte por localizações mais modestas e em regiões com valores baixos.
EXTRA! Se interessou por um apê? Reserve-o.
Quando o imóvel não é reservado ele continua recebendo visitas e propostas até alguém resolver reservá-lo. E esse detalhe dá mais chances dessa pessoa alugá-lo.
Reservando o imóvel que está interessado, você passa a ter exclusividade no processo de locação, pois o apartamento ficará suspenso o site e sua proposta fica exclusiva durante as fases de documentação e contrato.
Tudo o que você precisa para reservar esse imóvel (em geral):
- Uma proposta aprovada em um imóvel com reserva disponível
- Um cartão de crédito válido
- Uma avaliação de crédito positiva
- Não possuir uma reserva ativa para outro imóvel
- O imóvel deve estar disponível para reserva (atenção: alguns imóveis não podem ser reservados, por solicitação do proprietário)
