6 SÉRIES DE ÉPOCA NADA ÓBVIAS COM MULHERES INSPIRADORAS

Conheça tramas que se passam nos séculos passados e apresentam mulheres empoderadas em diferentes realidades. Com personagens de diversas faixas etárias, essas séries trazem amor, amizade, drama e mistérios em meio a fortes diálogos que inspiram qualquer líder.

Quem nunca quis encontrar outra cena tão inspiradora quanto as de Daenerys Targaryen em Game Of Thrones? Ou qual foi o fã da série Reign que nunca se arrepiou com a força da protagonista Mary e seus diálogos poderosos? A sagacidade de Claire em Outlander também pode inspirar homens e mulheres para mais força e liderança.

Triste é não encontrar com facilidade personagens negras em papéis de destaque nas séries de época, mas visualizar mulheres empoderadas em realidades tão dificultosas quanto as do passado – e muitas vezes inspiradas em casos reias –, já serve como meio de críticas aos problemas (ainda) atuais e como forma de dar gás a outras vozes femininas.

GIF: cena da série Reign

O NÃO ÓBVIO foi, então, em busca de outras tantas tramas que não ficam nas listagens mais famosas e que também apresentam as realidades e problemáticas dos séculos passados. Em meio ao caos, essas produções exibem mulheres empoderadas que exalam suas forças e passam boas lições enquanto vivem amizades, amores e caminhadas profissionais.

Conheça séries que se passam em redações de jornais, em meio às guerras, em pequenas cidades ou em universos repletos de gangues. Com personagens de diversas faixas etárias, veja diferentes mundos que se encontram pela força feminina.

☌ Veja também sete séries políticas e não óbvias para conhecer depois de Game Of Thrones.

1. Good Girls Revolt

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Baseada no livro The Good Girls Revolt (de Lynn Povich), que foi inspirado em um evento real, a série acompanha um grupo de mulheres que trabalham para um grande veículo, mas não podem assinar seus textos. No caso real, o trabalho era para o jornal News of the Week.

O ano é 1969 e apresenta as diferenças gritantes entre o modo como homens e mulheres eram vistos e tratados, dentro e fora do ambiente de trabalho, ainda que já existisse a Lei de Direitos Civis de 1964 — que tornava ilegal qualquer discriminação com base em raça, cor, religião, sexo ou origem.

Todo o cenário começa a mudar após uma demissão injusta. O fato se torna o estopim que faz com que as garotas se unam, reivindicando direitos iguais e a possibilidade de serem as autoras tanto das matérias que apuram quanto de seus próprios destinos. 

Good Girls Revolt traz personagens femininas interessantes, bem aprofundadas e repletas de diferenças entre si. Cada uma delas está em um contexto diferente, tendo famílias, sonhos, aspirações e posições sociais diversas, algo que confere riqueza ao roteiro.

A trama é uma boa pedida para quem busca, ainda, ficar de queixo caído com a caracterização e todos os aspectos técnicos – como fotografia, figurino e trilha sonora são impecáveis. A opção, inclusive, chamou a atenção de vários fãs de séries como Mad Men. A principal diferença nas obras, é claro, é que agora as protagonistas são as garotas. 

A primeira temporada do seriado foi um grande sucesso de audiência. 80% das pessoas que assistiram aos primeiros minutos do piloto ficaram até os últimos minutos do episódio final. A trama foi também aclamada pela crítica inclusive recebendo a nomeação de melhor programa de 2016, pela revista estadunidense Newsweek.

Ano: 2016 
País: EUA
Temporadas: Uma
Finalizada? A trama foi cancelada após a finalização da primeira parte, mas os estúdios Sony estão procurando outros financiadores para uma eventual segunda temporada.
Disponível em: Amazon Prime

2. The Bletchley Circle

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Durante a Segunda Guerra Mundial, o Bletchley Circle recrutava mulheres que se destacavam pelo seu intelecto, para interceptar e decifrar códigos alemães. Após o fim da guerra, no entanto, essas mulheres precisam voltar a ocupar os lugares que lhes foram destinados pela sociedade da época, além de terem que manter segredos sobre o papel que desempenharam durante o confronto. 

Tudo isso muda quando Susan Gray percebe um padrão no comportamento de um assassino que vem matando mulheres. Após ser tratada com ceticismo pela polícia, ela se reúne com outras três amigas – e antigos membros do Bletchley Circle – para desvendar o crime e fazer justiça. 

Tendo três temporadas, cada uma delas focada um caso diferente, a série é uma ótima opção para os fãs de histórias de mistérios e investigação criminal. São os crimes que impulsionam e movem a trama, no entanto, as histórias pessoais, a amizade e o afeto entre as personagens também recebem bastante o espaço da narrativa, torando a série ainda mais envolvente. 

A série ganhou um spin-off, chamado The Bletchley Circle: San Francisco, que conta com oito episódios e acompanha Millie (Rachael Stirling) e Jean (Julie Graham) enquanto elas viajam para São Francisco e continuam a usar suas habilidades de quebrar códigos para resolver assassinatos.

Ano: 2012 – 2014
País: Reino Unido da Grã-Bretanha | Irlanda do Norte
Temporadas: Três
Finalizada? Sim
Disponível em: Netflix

3. Rebelion

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Rebelion é uma minissérie de cinco capítulos que acompanha os eventos da Revolta da Páscoa, um levante popular que se tornou importante para a independência da Irlanda. Trazendo tanto personagens históricas quanto ficcionais, Rebelion acerta – e se torna diferente – ao focar na perspectiva feminina do conflito.  

É possível conferir desde mulheres que pegaram as armas e foram cruciais para o processo de independência do país (embora esquecidas pela história) até mulheres que tinham fortes ligações com o governo britânico – e mantinha dominação sobre o território. São mães, esposas e filhas envolvidas na luta. 

Mais do que simplesmente narrar os episódios históricos que decorreram durante os dias do levante, a minissérie se propõe a mostrar como toda a situação afetou a vida pessoal dessas mulheres e as escolhas que cada uma delas precisou fazer durante o movimento. Sendo assim, o ponto mais relevante da série é, justamente, abordar um evento histórico por pontos de vistas diferentes do tradicional. 

Ano: 2016 
País: Reino Unido da Grã-Bretanha | Irlanda do Norte
Temporadas: Uma
Finalizada? Sim
Disponível em: Netflix

4. Call the Midwife

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Call the Midwife é situada na década de 1950 e narrada por Jenny Lee (Jessica Raine), uma jovem enfermeira de classe média que relembra sua juventude, período no qual atuou como voluntária com um grupo de freiras excêntricas, oferecendo ajuda a uma população de baixa renda.

Com diálogos e cenas poéticas, a trama apresenta os momentos em que Jenny busca seu autoconhecimento e independência enquanto trabalha no Convento Nonnatus, onde freiras treinam jovens para atuarem como parteiras, atendendo mulheres de baixa renda. Lá, a missão de Jenny é garantir que o maior número de mães e bebês consigam sobreviver ao parto.

O empecilho maior é que a baixa qualidade de vida e diversos problemas de saúde que diversas mulheres enfrentam durante a gestação tornam o trabalho de Jenny e das freiras mais difícil.

Repleta de críticas sociais para além do machismo ainda presente, a trama consegue mergulhar nas relações mais pessoais das personagens, que criam amizades entre si e vão desvendando as suas paixões.

Ano: 2012 – 2019
País: Reino Unido
Temporadas: Oito
Finalizada? Sim
Disponível em: adquira o DVD | Transmissão original na emissora BBC

5. Tempos de Guerra

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Na Espanha, em 1921, um grupo de enfermeiras da elite de Madri viajam, , por ordem da Rainha Vitória Eugênia, para trabalhar como voluntárias no norte da África durante a Guerra do Rife (1921-1927). E é lá onde a trama de Tempos de Guerra é destrinchada.

Entre romances e amizades, essas jovens guerreiras encontram suas próprias vidas enquanto salvam os soldados. Com uma trama que mistura lágrimas e suspense, as enfermeiras espanholas saem das suas vidas confortáveis em função do bem maior e acabam vivendo tudo com um toque de drama mexicano.

Amor, lutas e superação são pilares da obra que apresenta mulheres de diferentes realidades e que ensinam a empatia uma para a outra.

Ano: 2017
País: Espanha
Temporadas: Uma
Finalizada? Sim
Disponível em: Netflix

6. Peaky Blinders

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A trama de Peaky Blinders tem como base um caso real e é a mais conhecida da lista. O roteiro gira em torno de uma família de Birmingham que, em 1919, vive de assaltos, extorsões e apostas. O grupo é conhecido pelo próprio apelido de Peaky Blinders, por utilizarem navalhas para atacar seus adversários. Nele, a liderança fica para Tommy, personagem de Cillian Murphy.

A situação da família muda com o fim da Primeira Guerra Mundial, quando Tommy descobre que precisará enfrentar um novo chefe de polícia. Recém chegado de Belfast, o policial está determinado a limpar as ruas de Birmingham dos criminosos e revolucionários.

Apesar da forte presença masculina na série, as mulheres ganham destaques bem construídos e que mostram seus poderes. Polly (interpretada por Elizabeth Gray), por exemplo, também aparece como uma líder da gangue. Ela é tia de Tommy e seus irmãos, além de tesoureira dos Peaky Blinders. Ela liderou a organização quando Tommy, Arthur e John estavam lutando na Primeira Guerra Mundial. Os dois filhos de Polly, Anna e Michael, foram tirados dela quando bebês.

Ada, além de tantas outras mulheres, é outro exemplo de personagem feminina repleta de forças bem demonstradas na obra. Exemplo ideal de que os mais fortes são os guiados pelo coração e de que a vulnerabilidade não é fraqueza, ela é apaixonada por Freddie, um comunista que está sendo procurado pela policia, e passa por cima das ordens dos irmãos para continuar com ele. Ela se envolve em meio às brigas físicas para impedir mais ferimentos.

Ano: 2013 – Presente
País: Reino Unido
Temporadas: Quatro
Finalizada? Não (indo para a 5ª temporada)
Disponível em: Netflix

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Esta lista foi produzida em conjunto com a colaboradora Thaís Medeiros.

Autor: Vanessa Brunt • @vanessabrunt

Vanessa Brunt é autora premiada internacionalmente, com nove livros lançados no Brasil e em Portugal. Especialista em Influência Digital, Persuasão, Vendas e Copywriting, é também mentora do SEBRAE e de corporações como O Boticário, além de empresária e dona da Agência CiAtive, de Crescimento de Marcas (com Assessoria de Imprensa, MKT e mais). Jornalista e colunista no Correio da Bahia e do Portal iBahia, Brunt produz conteúdos também no seu blog Sem Quases, no site Não Óbvio e em suas redes. Descreve-se como uma apaixonada por metáforas e ansiosa por compartilhar com você tudo de mais bacana e menos óbvio que encontra por aí. • Saiba mais em: https://vanessabrunt.com ou em @vanessabrunt, no Instagram.

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