5 CASOS BIZARROS QUE ACONTECERAM NO BRASIL

Investigação sobre OVNIs, exorcismo, aparições sinistras em locais antigos e mais. Descubra detalhes sobre casos incomuns que aconteceram no Brasil há alguns anos e que deixaram marcas até os dias atuais. Alguns dos locais ficam abertos para visitação.

Todo mundo já passou por alguma experiência inexplicável. Seja ver um vulto em casa, ter um pressentimento ruim ou até mesmo relatar algo por brincar com jogos considerados sobrenaturais.

O sobrenatural e casos diferentões sempre chamaram a atenção da humanidade e, desde então, muitos cientistas tentam explicar situações consideradas incompreensíveis ou até mesmo bizarras.

Segundo o neurologista Saulo Nader, por exemplo, ver vultos pode estar ligado à aura cerebral, ou seja, às sensações sentidas antes ou durante enxaquecas, acompanhadas por impressões visuais, como manchas, vultos e luzes piscantes. Existem casos em que a aura vem, mas a dor de cabeça não.

Até mesmo aspirar uma alta quantidade de monóxido de carbono pode afetar negativamente o corpo e a mente, fazendo com que a pessoa sinta que está mais fraca, com náuseas e confusão mental, podendo ver e ouvir coisas que não existem.

Existem inúmeras vertentes e diferentes explicações para casos fora do normal, mas o Brasil foi palco diversos acontecimentos surreais e que não ganharam explicações científicas para desfazer do que falam sobre eles. 

Como existe um costume maior de encontrar produções sobre casos assim nos EUA ou em outros países, o NÃO ÓBVIO selecionou casos bizarros que aconteceram em diferentes regiões nacionais. Sobrenatural ou não, você escolhe no que quer acreditar.

Alguns dos locais onde aconteceram os relatos estão abertos para visitação. Confira as situações e curiosidades:

1. CASA DAS SETE MORTES | BAHIA (SALVADOR)


A Casa das Sete Mortes, ou Casa das Sete Facadas, tem uma das histórias mais sombrias em relação aos casos ditos como sobrenaturais da Bahia.

O que se sabe até então é que a casa foi cena de assassinatos em anos diferentes. O único homicídio totalmente confirmado aconteceu em 1755, quando o padre Manoel de Almeida Pereira e outros três criados foram mortos a facadas no local. Até hoje ninguém sabe quem foi o autor dos crimes.

Além desses homicídios “oficiais“, existem diversas hipóteses para completar as sete mortes que a casa leva como sobrenome. A primeira diz que uma escrava envenenou os patrões e a filha deles como vingança aos maus tratos sofridos. Outra é sobre uma mãe e duas filhas encontradas em estado de decomposição, sem pistas sobre o assassinato. Há até quem especule sobre uma tragédia amorosa.

O fato é que ninguém sabe ao certo o que aconteceu ali, mas os vestígios dessas histórias assombrosas permanecem intactos até os dias atuais. Relatos sobre barulhos de passos nos cômodos, portas que abrem e fecham sozinhas, vultos e névoa são recorrentes. Quem mora perto da casa afirma ter ouvido barulhos estranhos vindos do casarão, bem como uma atmosfera sinistra sobre o local.

Em 1943 a casa foi tombada como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido a sua arquitetura milenar. Ninguém sabe quando a casa foi construída, mas é possível que ela esteja de pé desde o século XVII, sendo considerada uma das construções mais antigas do Brasil.

Na reforma mais recente, muitos operários disseram ter visto aparições sobrenaturais, além de terem ouvido portas batendo sem explicação.

Mesmo carregando tantas histórias sinistras, é possível visitar e conhecer a história do sobrado.

☌ Endereço: Rua Ribeiro dos Santos, 24 – Pelourinho, Salvador
☌ Horário de funcionamento: 14h às 17h

2. OPERAÇÃO PRATO | PARÁ


A Operação Prato foi a maior investigação sobre discos voadores realizada por militares brasileiros. 

Tudo começou em 1970, no estado do Pará. Em 1977, cidadãos diziam ter avistado objetos estranhos sobrevoando os arredores do litoral, fazendo movimentos, piscando e, em seguida desaparecendo no céu. 

Ribeirinhos de Belém chamavam aqueles objetos de chupa-chupa, porque muitos afirmavam ser atacados por aquelas luzes vindas do céu, que extraíam seu sangue e queimavam a pele. Inclusive, diversas pessoas eram internadas em hospitais da região com sintomas de febre, anemia, tontura e marcas de queimadura de primeiro grau.

As Forças Armadas foram acionadas no mesmo ano. Então, um esquadrão de elite foi formado por 30 guardas da Força Aérea Brasileira (FAB). Sob comando do sargento João Flávio Costa e do capitão Uyrangê de Hollanda Lima, durante o dia, os militares entrevistavam vítimas do caso e pela noite, monitoravam o céu. 

O curioso é que o médico psiquiatra da equipe, Pedro Ernesto Póvoa, visitou o vilarejo de Santo Antônio de Ubintuba e depois de entrevistar os moradores do local, declarou que a situação não passava de uma histeria coletiva.

Subitamente, em dezembro daquele mesmo ano, o Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR) exigiu que a operação fosse encerrada e os registros entregues. Segundo o capitão Hollanda, a Operação Prato tinha mais de 500 fotografias, 16 horas de filmagem e mais de 2 mil páginas de relatórios. No Arquivo Nacional, contudo, estão disponíveis apenas seis arquivos sobre a Operação Prato.

Na época, o jornal O Estado do Pará fez uma série de reportagens sobre o caso. A Operação Prato tem diversas lacunas e o mistério permanece indefinido até hoje.

☌ O programa de televisão Linha Direta dedicou um programa ao caso. Confira:

☌ Você também pode assistir a entrevista do capitão Hollanda sobre a investigação:

3. CASA DAS PEDRAS | RIO GRANDE DO SUL


Batidas ao redor da casa, pedras caindo dentro e fora de casa e uma possível possessão. Parece o cenário perfeito de um filme de terror, mas o caso aconteceu há cerca de seis anos, numa cidade do interior do Rio Grande do Sul.

Em Caiçara, no interior do Rio Grande do Sul, uma família formada por um casal e três filhos, presenciou fenômenos estranhos em sua casa. Quando a situação se tornou insustentável para a eles e vizinhos, a polícia foi acionada para investigar o local. 

Diz-se que ouviam batidas na parede dos fundos da casa, mas quando alguém se aproximava para encontrar o autor das pancadas, o barulho cessava e não se via ninguém ao redor. Além disso, o que mais chamou a atenção foram as “chuvas” de pedra sobre a casa. Pedras caiam sobre o telhado e até mesmo dentro dos cômodos, quando portas e janelas estavam fechadas. 

Os policiais chamados não encontraram nada e um deles, inclusive, em entrevista, disse que viu pedras caindo, mas não soube de onde os objetos vinham. A partir daí, assistentes sociais e religiosos entraram em cena. 

Houve um tempo em que as pedras pararam de cair, mas em compensação, coisas estranhas começaram a acontecer dentro da própria casa. Especula-se que a filha mais velha estivesse possuída, e por isso foi exorcizada por um médium – imagens do exorcismo foram gravadas para um documentário. 

Por fim, a casa foi demolida em seguida e a família foi atendida pela assistência social do município. Contudo, até hoje ninguém foi capaz de explicar tais os fenômenos.

☌ O caso ficou tão conhecido que a RBS TV, filiada da rede Globo no Rio Grande do Sul, fez uma reportagem:

4. CÉSIO-137 | GOIÁS


O caso do césio-137 em Goiânia tem mais de 30 anos e ainda é um dos maiores acidentes radioativos do mundo, atrás apenas da tragédia de Chernobyl. 

Em setembro de 1987, uma máquina de radioterapia foi recolhida numa clínica de tratamento de câncer, fechada há dois anos, por dois catadores de materiais recicláveis.

Dentro do aparelho foi encontrado um material que emitia um brilho azul intenso. O que Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho e o comprador da máquina, achava ser algo valioso, na verdade era uma porção de cloreto de césio, de 19 gramas. Então, em apenas 16 dias a partir do primeiro contato, várias pessoas foram contaminadas e quatro morreram.

Vizinhos, parentes e curiosos que entraram em contato com o material foram infectados. A primeira vítima fatal foi Leide das Neves, de seis anos, filha do irmão de Devair. Ivo Ferreira levou uma parte do material para casa. Além de brincar com o césio, Leide ingeriu uma pequena porção e, em consequência, faleceu um mês depois do contato.

No mesmo ano o material foi identificado como césio-137 e a descontaminação no local foi iniciada por policiais militares junto a técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Dados indicam que mais de 110 mil pessoas foram contaminadas, enquanto mais de 200 tinham altos níveis de material radioativo no corpo. 

Em decorrência do fato, a casa em que um dos catadores foi demolida, o solo retirado e substituído por concreto e mais de seis mil toneladas de lixo radioativo foram enterrados na região metropolitana de Goiás. A radiação do local não é nociva, mas estima-se que ela desaparecerá por completo após, pelo menos, 275 anos.

☌ O Fantástico fez uma reportagem especial sobre os 30 anos do incidente:

5. PALÁCIO ANCHIETA | ESPÍRITO SANTO


Outro local com mais de quatro milênios de história é o Palácio Anchieta, localizado no centro de Vitória.

Ainda no final dos anos 1500, o Palácio Anchieta era na verdade uma escola chamada Colégio São Tiago.

Quando Anchieta faleceu em 1597, seu corpo foi sepultado no local. Algumas décadas mais tarde, o colégio passou a ser uma igreja. E anos depois tornou-se a sede do governo do Espírito Santo. De lá para cá, o palácio sofreu três grandes incêndios e várias reconstruções.

Por isso já era de se esperar que um lugar com tantas histórias carregasse consigo lendas sobrenaturais. Uma delas diz que o padre Anchieta ainda vaga pelos corredores. Também há relatos de portas batendo, mesmo fechadas, sons de passos e correntes e gemidos por todo o local. Por vezes funcionários eram vistos correndo, assustados com algo.

Além dessas lendas, dizem que o Palácio Anchieta tem túneis subterrâneos construídos para esconder ouro ou para fuga de jesuítas, mas nada foi confirmado até então.

Em 1983 o Palácio foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultural e é aberto para visitação do público.

☌ Endereço: Praça João Clímaco, s/n, Cidade Alta, Centro
☌ Horários: terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h. Nos finais de semana, das 9h às 16h

Autor: Carolina Rodrigues • @carolinahelfstein

Jornalista apaixonada por k-pop e aficionada pela cultura pop em geral.

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