4 LISTAS COM DICAS POUCO DIVULGADAS PARA VENDER ONLINE

Conheça plataformas extras de comercialização, descubra formas nada óbvias de deixar o seu frete mais barato, encontre truques para dar destaque ao seu bazar no Instagram, saiba como calcular da melhor forma o preço do seu produto e muito mais.

Muitos estão aproveitando o tempo em casa para organizar coisas que estavam acumuladas há meses. No meio dessas faxinas é sempre possível de encontrar produtos perdidos, peças que não se usa mais, e aqueles itens que só foram utilizados poucas vezes após a compra. E o que fazer com tudo isso? Jogar fora? Doar? Comercializar? Vale analisar tudo e separar o que for decidido para cada objeto.

A questão da escolha de vendas online é que, seja com produtos usados ou novos, a opção é uma ótima forma de fazer uma renda extra e sem muita burocracia. São diversas as formas de ter o processo facilitado e de fazer o bolso ficar mais tranquilo.

Pensando nisso, o NÃO ÓBVIO listou quatro dicas essenciais e pouco divulgadas que podem dar aquele suporte para qualquer um que deseje vender qualquer objeto pela internet. Confira:

VEJA TAMBÉM: 5 sites ou aplicativos para ganhar dinheiro sem sair de casa
VEJA TAMBÉM:
10 sites para ganhar dinheiro rápido com a sua arte

1. Utilize mais de uma plataforma de Marketplace e vá além das óbvias


O Marketplace é um ponto digital, mediado por uma empresa, onde pessoas físicas e jurídicas podem colocar seus produtos disponíveis para comercialização, facilitando a divulgação dos seus itens e o serviço de compra e venda. O Mercado Livre é um dos pioneiros e mais populares Marketplaces no país, mas saiba que existem muitos outros presentes pela internet.

Alguns deles são:

1. OLX: A plataforma funciona como um classificados, onde os produtos são expostos para venda em todo o país, como em uma vitrine digital. Por lá, é possível divulgar produtos (ou serviços!) de qualquer tipo, seja venda ou revenda, e não é necessário pagar para anunciar. Você e o possível comprador entram em contato para negociar preços e forma de entrega do produto.

2. Enjoei: Começou como um brechó online e hoje comercializa, também, peças novas – sempre na categoria Moda e Decoração. Através da plataforma, é possível montar uma lojinha virtual com um layout bem bacana e responsivo. Eles oferecem descontos para incentivar o fluxo da comercialização, o que atrai novos compradores. Não cobram para anunciar, mas ficam com 20% das vendas.

3. Elo7: Para quem trabalha com produtos criativos e artesanais, esse é o canal! São várias categorias disponíveis, entre artigos infantis, de decoração, moda, beleza, religiosos, festas, entre outros. Criar uma lojinha na plataforma é gratuita, mas uma taxa de comissão de venda é cobrada sobre o valor total de um pedido feito.

4. Estante Virtual: Como o nome já sugere, a proposta da plataforma é a compra e venda de livros. Por lá, dá pra anunciar a venda de livros novos e usados nas mais variadas categorias. Ao fazer o cadastro na plataforma, o vendedor começa no plano Prateleira, com o limite de até 2.000 livros no acervo e mensalidade de R$59,00. Além disso, são cobradas tarifas de vendas sobre o valor do livro (que varia entre 8% e 12%) e do intermediador de pagamento (Wirecard ou PayPal, de 4,99% + R$0,20 por transação), também sobre o valor do livro.

LISTA EXTRA (SAIA DO ÓBVIO):

☌ Alguns sites de e-commerce também disponibilizam um espaço para vendedores e lojistas comercializarem seus produtos nas plataformas, como Submarino, Ponto Frio, Extra e Americanas. Clique aqui e confira uma lista completa e atualizada com todos os Marketplaces que estão em ativa no Brasil.

☌ Confira uma lista com mais sites que ajudam pequenos negócios online e que dão espaços para vendas.

2. Confira dicas para precificar cada item e tenha noção do quanto cobrar para lucrar corretamente


Para muitos empreendedores, definir o preço de venda do seu produto ou serviço é uma das partes mais difíceis no seu negócio. Para isso, é preciso entender o básico de contabilidade, saber analisar os custos, despesas, e a qualidade do que você está vendendo, para que essa ação não resulte em prejuízo para você.

O Sebrae possui muitos conteúdos voltados à precificação, incluindo um vídeo muito bem explicativo, e é uma fonte de consulta confiável para esse e outros temas voltados à gestão.

Mas para quem pensa só em revender algumas coisas extras de casa, é necessário avaliar uma série de coisas: qual o estado de conservação do produto? Há quanto tempo ele foi comprado? Qual o seu valor atual no mercado? E, assim, conseguir uma média de preço mais justa.

O ideal é começar cobrando o menos possível, caso queira criar um negócio na internet. Mas, caso queira lucrar com poucos itens, veja a melhor forma de fazer a cobrança média ideal.

Para te ajudar com isso, existem dois conteúdos na internet utilizando móveis usados como exemplos: o primeiro é um artigo no formato passo-a-passo feito pelo WikiHow, e o segundo é um vídeo com um trecho do programa “É de Casa“, da Rede Globo, onde o tema foi abordado com o auxílio de uma especialista.

DICAS PARA O CÁLCULO:

Para o cálculo, é preciso levar em consideração o preço da embalagem, do serviço em geral e do item (pelo estado de conservação). Além de todos os pontos, o frete é outro detalhe a ser contabilizado. É necessário lembrar que o preço do item será o seu lucro real, já que embalagem e frete não entram de fato no seu bolso.

O ideal e básico, portanto, é dividir o cálculo da seguinte forma:

CUSTO + PREÇO (do produto) + LUCRO =
PREÇO DE VENDA

Custo: o custo é quanto você gasta para produzir o que será oferecido aos clientes. Mas, no caso, como o item previsto aqui já está pronto, o custo será a DESPESA, ou seja, é o quanto você gasta para vender o produto. Aqui entra a embalagem + o custo de frete. Caso você mesmo(a) faça o item, aqui em custo deve ser somado o custo total do que gasta para criar o item + essa parte da despesa.

Preço do produto: para descobrir o preço ideal para o seu produto, veja dicas em alguns dos links indicados acima e verifique nos sites de Marketplace os preços pelos quais estão sendo vendidos itens semelhantes.

Lucro: é o retorno que a sua empresa terá ao vender um produto ou serviço. O lucro é o dinheiro que irá financiar o crescimento do negócio, caso pretenda ir criando algo maior online. Inicialmente, se quiser fazer um teste e buscar apenas lucrar com o preço do produto, como dito acima, também pode ser válido: afinal, você vai começar vendendo por um preço mais baixo, o que pode ajudar na divulgação.

3. Deixe seu frete mais barato e faça um envio que dê sensação de segurança para o cliente


Mesmo utilizando Plataformas Marketplace, geralmente é o vendedor que deve definir como será feita a entrega do produto, e isso deve acontecer de forma segura para todos os envolvidos. É importante frisar que o ideal, caso deixe a ideia de entregar pessoalmente, é que também dê mais opções, já que nem todos os clientes podem ficar confortáveis com a sugestão.

A opção mais indicada é enviar o objeto pelos Correios, mas quando isso não for possível e a entrega tenha que ser feita pessoalmente, vale marcar um ponto de encontro em um espaço público, com dia e horário de movimentação, e tentar levar alguém como companhia. Outra alternativa é entregar diretamente no domicílio do comprador (podendo deixar na portaria, por exemplo) – e o valor do frete fica à critério para cobrar ou não.

Para quem pretende abrir uma lojinha e seguir nas vendas, é válido fechar uma parceria com alguma empresa de logísticas ou contratar um motoboy ou motorista para isso. Assim, é possível focar na produção e não perder tempo com os deliverys.

ALERTA ESPECIAL: Nessa época de pandemia e quarentena, as entregas à domicílio cresceram, e cabe as empresas e vendedores prezarem ao máximo pela saúde dos seus clientes. Utilize todos os equipamentos de proteção individual sugeridos pela OMS, higienize-se e faça o mesmo com os seus produtos, e tente evitar ao máximo o contato durante a entrega.

DEIXANDO O FRETE MAIS BARATO DE FORMAS NADA ÓBVIAS:

Para calcular o frete do envio nos Correios, é preciso analisar o tipo de produto que será enviado e o CEP para o qual ele vai ser encaminhado. Baratear o frete é uma forma de vender mais, já que ele é um dos grandes responsáveis pelo aumento do preço final. Uma das formas de fazer o cálculo normal do frete é entrando no site oficial dos Correios.

Veja maneiras de deixar o seu frete mais barato:

LINK PELO PAGSEGURO: Para quem vende pelo Pagseguro (basta criar um link para o seu produto e enviar para o cliente pelo Direct do Instagram, por exemplo, deixando tudo com maior sensação de segurança para ele), existe o chamado de Envio Fácil, que deixa muito mais barato do que postar direto pelos Correios, já que envia seus produtos com o saldo das suas vendas.

CONTRATO COM CORREIOS: Também é possível fazer um contrato de comércio eletrônico com os Correios, o que pode dar diversos descontos para o frete, tanto para Sedex como para o PAC, que são dois dos serviços de envio mais utilizados. Dentro desse tipo de contrato, a loja virtual pode adquirir, por exemplo, o e-Sedex, que pode ficar até 50% mais barato do que o Sedex normal. Entre diretamente no link dos Correios para criar o seu cadastro e ter frete mais barato (dá para fazer o cálculo dos fretes no próprio link) ou veja melhor como criar esse tipo rápido de contrato e confira mais opções para baratear o seu frete.

PRODUTOS QUE FICAM MAIS BARATOS: Para livros, por exemplo, existe uma forma mais barata de fazer o envio, podendo cobrar menos pelo frete. Essa forma é usando o chamado de Registro Módico (clique para conferir os preços possíveis). Vale verificar se o seu produto tem algum tipo de forma extra de envio como a citada.

VOCÊ PODE COMEÇAR PAGANDO UMA PARTE DO FRETE: Se você tirar uma parte do preço do produto para pagar o frete, o seu lucro vai começar sendo um pouco menor, mas as vendas podem ser maiores se pretender ir vendendo cada vez mais.

4. Use truques para criar um bazar ou uma lojinha no Instagram


A atual rede social mais popular do país (e, talvez, do mundo) está investindo em atualizações que buscam ajudar cada vez mais as pequenas lojas e empresas do mercado. Por isso, o Instagram também se tornou uma ótima plataforma para vender online.

A melhor opção para quem pretende criar uma lojinha ou bazar por lá, é criar uma conta exclusivamente para isso. É importante definir um nome criativo e que tenha relação com o tipo de produto que se pretende comercializar, para chamar a atenção do seu público específico.

No momento da criação do seu ‘@’, misture o nome da sua marca com o tema ao qual ela é relacionada. Exemplo: se o nome da empresa é Gentiliza e ela trabalha com temáticas voltadas a decoração, crie o @gentilezadecor ou crie o @gentileza e coloque Decorações (ou Gentileza Decorações) no nome da descrição do seu perfil.

Todas as informações úteis ficam na bio: categoria dos itens, cidade (ou endereço completo) do vendedor, para que partes do país faz entrega, forma de pagamento, forma de entrega, e contato principal. Além disso, é preciso mostrar a quem acessa o perfil um design padronizado, que mostra organização e dá confiança pra quem compra. Caprichar nas fotos dos produtos (em todos os seus ângulos) é o diferencial.

Crie a identidade visual e foque em uma paleta de cores predominante, por exemplo. Faça imagens que quando o cliente bater o olho, já saiba que são da sua loja.

Nas legendas, descrever o produto com a maior quantidade de detalhes possíveis é essencial, além de usar hashtags relacionadas à ele para fazer com que o perfil seja encontrado. Se há um valor fixo, deixe-o também dentro das imagens (em uma arte bacana) e não somente na legenda.

Caso opte por negociar cada venda, deve-se sempre informar e relembrar das formas de contato para a comercialização. Avise, em cada postagem, quando o produto for vendido ou o estoque estiver esgotado. E esteja sempre disponível para tirar as dúvidas e interagir com os compradores.

Se possível, também se preocupe em criar conteúdos que possam educar, entreter e/ou inspirar e que tenham algo a ver com o seu tipo de produto. Também utilize os Stories e faça parcerias com outras marcas, digitais influencers e pessoas em geral.

DICAS COMPLETAS E FORA DOS CLICHÊS:

☌ Acesse dicas extras fora dos clichês acessando a matéria É Vender Que Você Quer, @?, do jornal Correio, escrita pela nossa editora-chefe Vanessa Brunt.

☌ Use sites que vão agilizar o seu dia a dia profissional e ajudar na estética do perfil da sua loja no Instagram (como o Canva).

☌ Veja também uma lista especial de perfis do Instagram que dão dicas de engajamento e estudam o Instagram para ajudar no crescimento da sua presença digital. Confira mais uma lista especial com o mesmo tema: de perfis de mulheres com dicas para empreender online.

☌ Confira também uma lista com dicas para criar conteúdos na rede que fidelizem seus clientes.

Esta lista foi produzida em conjunto com Vanessa Brunt, editora-chefe do NÃO ÓBVIO.

Autor: Stephanie Vasques • @omundoporste

Futura administradora, blogueira e viajante nas horas vagas, a Ste é apaixonada por tudo que envolva cultura. É dona do Não é Berlim, onde compartilha todas as suas experiências pelo mundo afora. E quando não está em alguma viagem, vira turista na própria cidade.

VOCÊ TAMBÉM PODERÁ GOSTAR: